04 julho 2007

A caminho de Parambos

Hoje vamos falar de chegar.



Quem vem dos lados do Tua em direcção a Parambos tem uma visão espectacular do vale duriense que se espraia pelas arribas por entre os montes, que teimam em se impor na paisagem. Quem vier sem pressas, pela estrada velha, deve fazer este percurso com calma para fruir a paisagem e terá a visão do Reino Maravilhoso de que fala Miguel Torga quando se refere a Trás Os Montes.


Depois começa-se a ver Ribalonga aninhada ao sol, ali entre as florestas de vinha que dão um ritmo muito própria à paisagem. Mas o mais importante é que se começa aqui a visualizar a nossa serra, "apetece gritar: Já a vejo" bem lá no alto, logo a seguir à mancha de pinheiro da Castareja.

O verde aqui adquire uma tonalidade que refresca o espírito, entre os fenos e as árvores, mesmo nos dias quentes. Quando se chega aqui já quase estamos em casa.
At Ento

6 comentários:

Anónimo disse...

Sem palavras é a beleza da natureza do Douro e do nosso Concelho. Parabens

Anónimo disse...

Nada se pode comparar à magia de "chegar"... Chegar a casa; nem as sinuosas curvas do Tua, anulam essa magia.
Também é bom esperar e leva-me a tempos muito longínquos em que íamos esperar a carreira que chegava sempre com horas de atraso e a "ouvíamos" de orelha no alcatrão...

Anónimo disse...

Belas paisagens. É verdade que desta estrada temos as paisagens a caminho do Tua que não temos pela estrade de Ribalonga o que muita gente desconhece. Conheço bem esta estrada e estas paisagens pois passei por lá muitas vezes a caminho do Tua na carreira algumas vezes na famosa mocha que tu amigo Atento bem devias conhecer, para apanhar o comboio. Este Blog serve para matarmos saudades e relembrar o passado. Um abraço amigo

Anónimo disse...

olá meu bom amigo AT Ento,
como foi bom recordar estas paisagens que percorri durante 8 anos na carreira do Tua a Vila Flor, serpenteando a velha e sinuosa estrada durante as partidas e chegadas que as férias proporcionavam. A chegada ao Tua, vindo da buliçosa invicta, sempre foi para mim um deslumbre. Depois de deixar os cheiros moribundos da dita urbe e de seguida apanhar todos os odores caracteristicas da linha do combóio, chegar ao Tua era a altura de, além de refrescar o espírito, encher os pulmões de ar e sentir realmente a presença do Reino Maravilhoso no esplendor odorífero de todas as estações (do ano). Recordei alegremente alguns desses momentos e guardo ainda na memória todos esses odores, é que a memória dos cheiros além de ser infinita, tem raízes muitos profundas. Agradeço-te por isso, aquele forte abraço de sempre.
Monge

At Ento/ViverParambos disse...

Olá Caros conterrâneos Bloguistas e amigos.
As vossas palavras são pingos de mel que, adoçam as recordações de um tempo que sendo nosso, deve fazer parte desta memória colectiva, para que quem nos visita sinta a poesia que tem a vida em todo o tempo de chegada e de partida.
Muito bela e estimulante a vossa prosa.
Saudações com amizade.
At Ento

Blue Eyes disse...

Sem dúvida que nada se compara "ao chegar...", os nossos montes parecem receber-nos de braços abertos!As nuances de cor das estações do ano dão-lhe sempre o " ar da sua graça"...dá vontade de abrir os braços e voar bem alto para apreciar tanta beleza.Bons voos...bom fim-de-semana.